postado: 18/11/2013
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A torcida do Sergipe ainda chora a perda de Givanildo Sales. Uns consideram “mercenarismo”, outros “trairagem”. Alheio a essa revolta dos rubros, o novo treinador do Confiança, e parte da comissão técnica, foram apresentados ontem à tarde na sede do clube aos dirigentes e a alguns torcedores proletários.
O presidente Luiz Roberto deu as boas vindas ao treinador, ao auxiliar, Caio Simões, e ao preparador físico Carlos Alberto, que são os novos nomes da comissão técnica. O diretor de futebol Hernando Rodrigues falou mais uma vez à reportagem do JD, dos contantos mantidos para levar Givanildo ao time proletário. “Foi apresentado um projeto, uma estrutura de trabalho e as perspectivas. Ele aceitou, e hoje é apresentado aqui no Confiança. Iniciando uma nova fase da sua vida como profissional do futebol”, diz Luiz Roberto.
Há quem considere que faltou a ética profissional dos dois lados. Pelo lado de Givanildo, ele tinha acertado sua permanência no Sergipe, acordado as bases da renovação, e foi autorizado a pesquisar atletas, para montagem do novo grupo. Do lado dos dirigentes, sabendo desses contatos, não deveriam procurar o treinador, muito embora, não houvesse contrato firmado. Mas tinha uma palavra assegurada.
Mas tudo isso é passado. Agora é torcer para que Givanildo tenha no Confiança, a mesma sorte que teve no Sergipe, tirando o time rubro de uma fila de nove anos e o Confiança agora, de quatro anos sem título.
Fala o treinador - Givanildo garante que não foi o dinheiro que o levou ao Confiança. "Se o dinheiro fosse tudo, eu teria saído do Sergipe no meio do ano, pois tanto clubes sergipanos, quanto de fora estavam interessados em mim. E eu não saí. O que me atraiu no Confiança foi o projeto, que me agradou bastante. A diretoria quer acabar com o jejum do time, que já está há cinco anos sem títulos. É algo parecido com o que fui fazer no Sergipe, que antes da minha chegada, estava há nove anos sem vencer nada. Gostei do desafio e resolvi aceitar", desabafa.
O técnico entende a reação do torcedor, mas considera isso normal no futebol. “Recebi muitas mensagens de torcedores magoados, mas que ao mesmo tempo, agradecem pela minha passagem no time. Acho normal. É normal se trabalhar em clubes rivais. Cuca treinou Cruzeiro e Atlético-MG, Joel Santana treinou todos os quatro grandes do Rio de Janeiro. É algo normal no esporte, e a partir de agora, meu trabalho está focado no Confiança e na conquista de títulos”, conclui.